O monstro

Para o monstro desenhar É verdade, não se esqueça! Tem de pôr uma cabeça larga em cima,fina em baixo, cara de pêra ao contrário, Eis o monsto do armário. duma banda é careca, da outra tem sete pêlos e já basta de pêlos. um olho faz uma roda, o outro faz um quadrado, cada qual vê para seu lado. O nariz, se quer saber, é maior do que um chouriço, mas não pode falar disso. A boca jamais fechada, mostra ao todo oito dentes, bicudos e resistentes.

Quatro orelhas de diabo, uma língua de serpente, mete medo a toda a gente. Um pescoço de funil, O corpo com um balão, Come mais do que um leão. Doze manchas na barriga, os braços em forma de asa, Voa e corre toda a brasa. Para andar muito depressa, e cheirar sempre a chulé, Conte cinco e tira um pé. No total tem doze dedos, que deslizam pelo chão, mais a cauda de dragão. Feito está todo o retrato, vai-te embora, ó bicho mau, Senão dou-te com o pau.